O Fórum Nacional dos Produtores de Algodão (FONPA), a Associação Algodoeira de Moçambique (AAM) e Instituto de Algodão de Moçambique (IAM) acordaram, em Outubro o ano Passado, em Nampula, preços indicativos de compra do algodão caroço para a campanha 2015/2016.
As partes envolvidas deliberam em consenso que o preço indicativo para o algodão caroço de primeira qualidade é de 20 meticais por quilograma e 14,5 meticais para o de segunda.
De referir que o preço definitivo será conhecido depois das partes envolvidas voltarem a reunir no dia 20 de Abril do ano em curso.
José Domingos, presidente do FONPA, disse que a aprovação dos preços indicativos foi feita em função da avaliação aos praticados na campanha passada, onde o algodão da primeira era comprado a 14,50 meticais e o da segunda 10,50 meticais.
Domingos salientou que a aprovação daqueles preços tem em vista também a mobilização dos produtores para se envolverem mais e de forma motivada na prática da cultura.
“A partir de agora o produtor vai a sua machamba tendo o conhecimento destes preços. Acredito que o preço definitivo poderá ser este na próxima campanha. Até porque na campanha passada houve empresas que compraram o algodão a preço acima do estipulado”, realçou.
O representante da AAM, Manuel Delgado, considerou os preços indicativos ora acordados, de prudentes, correctos, equilibrados e sobretudo motivadores para os produtores, razão porque acredita que possam contribuir para o sucesso da próxima campanha.
O director-geral do Instituto Nacional do Algodão (IAM), Luís Tomo, que orientou a reunião de discussão do preço indicativo do algodão, disse que a ideia era encontrar um preço que fosse justo e remunerador para as empresas e produtores, concretamente entre o sector privado e familiar, este último que mais se envolve na produção do algodão no país.
O encontro debateu também vários mecanismos que visam a melhoria da produção e distribuição de sementes de qualidade e certificada que possa contribuir para o aumento da produção e produtividade desta cultura de rendimento.
Na campanha de comercialização do chamado ouro branco que está quase no fim, Moçambique prevê alcançar pouco mais de 67 mil toneladas.